Thursday, October 19, 2006

Caravaggio ou Bipolar

Você não se envolveu com um homem qualquer (mesmo não acreditando e isso às vezes me ferra! que exista alguém no mundo que seja "qualquer"). Você se envolveu com um homem que chora na lua, que anda na rua de madrugada, que vive para entender como representar a alma das gentes. E se ele não sabe jogar pra te conquistar, meu amor, é porque de você já deve ter passado a hora de estar com ele, porque ele ainda estaria por muito tempo contigo se renovando, posto que sempre se apaixona e não é, nunca é o mesmo por mais que te pareça (falo dele), ele é bipolar, constante na inconstância sem deixar de ser. Quero ser mais simples! Mais direto, como gostas! Se ele não sabe jogar pra te conquistar, meu amor, é porque o jogo dele é sem roupa. É o "rato", o da verdade nua, em carne crua por dentro, onde o que cozinha é o amor e a paixão. Ele só te pede perdão por te ver sempre mais à frente. E isso pode ser arrogante. Por mais que gerúndio constante, o que de ti é infinitivo burro, que prende e cimenta a hora do verbo e da ação das palavras. Para ele é Deus, como a própria mãe que para os da Terra morreu, mas vive com ele até hoje. Não esqueci de te dizer. Ele é diferente! (Quem sabe como você!) Ele é artista.

5 Comments:

Anonymous Anonymous said...

Um dia espero escrever assim, com tanta sinplicidade e amor! Parabéns! BJ

8:44 PM  
Anonymous Anonymous said...

Palloma...

8:45 PM  
Anonymous Anonymous said...

O universo do artista e do poeta - salvo seus ofícios - é diferente do universo das pessoas simples. Aqueles levam a vida mais temperada "cozinhando por dentro o amor e apaixão"...
É exatamente por isso que o envolvimento se complica, uma vez que estamos diante de dois polos, cada qual com temperaturas distintas...
Definitivamente, fogo não casa bem com gelo. Conclui-se então que, simplesmente, o artista e o poeta não tomam morno, nem gelado.

Lindo seu texto!

9:06 PM  
Anonymous Anonymous said...

Seria dircórdia, mixórdia, mero acaso ou dor incurável essa lacívia de tanto te amar e saber que a ferida não fecha...Servir-te de amores, oferecer numa bandeja, e deixá-lo escolher, sinto falta, sinto ância...ância de vomitar minha angústia e juntar-me ao teu peito que nunca me faltou!!!
Não existe, porém, a necessidade de saber de onde provém tanta coléra, conheces a alma e ja lambeste as lágrimas...esqueça o nome e sinta somente o amor, latente, flamejante, quente e ainda aberto, lubrificado, esperando que algum dia os instantes retornem...
Amo-te de fato, em verdade e para sempre...

11:32 AM  
Anonymous Anonymous said...

Marcelo tosta, meu puto...
Simplesmente humano.
O interessante é que cada palavra me parecia um grito ou um silêncio desses tão grandes que chegam a incomodar, a doer os ouvidos.
Sabe de uma coisa? Devemos rir das coisas e das pessoas que nos fazem chorar. Não, eles não merecem tanta dedicação, e basta somente a certeza do que sentimos para que tudo tenha valido à pena.
Que bom que és diferente, és artista e apesar de tudo o artista não morre jamais, (um tanto melodramático, não?) mas verdade.
É isso, puto...
Artista sente na pele, na veia, sente e qdo sente, sente de verdade. E a recompensa? A oportunidade de rir todos os risos e chorar todos os prantos. Acho que isso já vale, né? É viver, é arriscar e isso eu aprendi com vc.

um grande beijo, (talvez o que ñ demos).

Amo-te, até qdo vc me chama de filha da puta e briga comigo... Amo-te mesmo assim. rs

Nay

6:01 PM  

Post a Comment

<< Home