Sunday, October 15, 2006

Matadoiros


Há horas em que o corpo chora sozinho, em que o porco faz o caminho para o abatimento e nem percebe. E quando se dá conta, da ponta sem conta da espera do tempo, porque ele era só lamento e nem viu, se feriu e de tanta dor nem doeu e quando sente de novo, na fertilidade e na gênese profusa do ovo, torna um susto breve e sem seu grunido se inscreve no silêncio do que já morreu.

3 Comments:

Anonymous Anonymous said...

A fase mais difícil é o tempo que precede o "off-line"...
Renascer é o que há de melhor!

9:50 PM  
Anonymous Anonymous said...

Blz de fotos marcelo , vc tav muito inspirado.

11:26 AM  
Blogger Unknown said...

como tudo o q vc faz,toca na nossa lama,no útero,na alma!!!!!te amo!!!!

7:19 AM  

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